terça-feira, 8 de junho de 2010

XV de Jaú vai dotar Departamento Médico de dois fisioterapeutas

José Construtor e o fisioterapeuta Fábio vistoriam ruínas da antiga sala de musculação do clube

Técnico Carlos Rossi recomenda dois profissionais do setor e “aposenta” massagista


A função de massagista no XV de Jaú vai ser “aposentada”. Pelo menos é essa a proposta do técnico Carlos Rossi, que fez sugestões à diretoria do clube para melhorar o Departamento Médico com a inclusão de um segundo profissional de fisioterapia no lugar daquele incumbido das massagens. A diretoria encampou a ideia e já planeja a reformulação para a Copa Paulista.


Os fisioterapeutas que vão assumir essa missão do clube são Fábio Fustignoni Lopes, 31 anos, formado na Unimar, e André Luis da Silva, 34 anos, formado na USC/Bauru. Ambos já trabalham para o XV, mas em sistema diferente – eles davam assistência aos atletas nas próprias clínicas. Agora, terão de estar mais presentes no Estádio Zezinho Magalhães e até mesmo acompanhar a delegação nos jogos fora de Jaú.

Fábio Lopes, que é quem visitava o Jauzão com mais frequência nas últimas competições, conta que em conversa com o treinador ficou sabendo dos projetos para o segundo semestre. “Ele falou que quer um fisioterapeuta para campo e outro para vestiário. O Rossi quer trazer o tratamento para dentro do estádio”, diz ele.

Até na última Série A-3, os atletas precisavam se deslocar até a clínica de Fábio e André para se submeterem aos tratamentos de lesões. Para Fábio, daria perfeitamente para o XV abrigar um setor de fisioterapia no Jauzão – ele estima que o custo com instrumentos e equipamentos mínimos fique em torno de R$ 4 mil.

“Precisa de uma sala, mas o ideal seria ter ao lado a musculação para fazer um trabalho em conjunto com o preparador físico”, recomenda. Ele e o presidente do XV de Jaú, José Construtor, fizeram vistoria na sala onde tempos atrás funcionava a musculação do clube e planejam instalar no local a sala de fisio e uma nova academia.

“Está caindo os pedaços isso aqui”, disse Construtor na ex-sala de musculação. Ele lamenta o abandono do local. Hoje, o clube não tem mais nenhum aparelho. Por isso, precisa recorrer a academias particulares para complementar trabalhos físicos – utiliza Academia Varf e Tito Coló Sports.

Contratos – “O técnico quer ainda visita mais freqüente do médico aos atletas para quer ligação maior entre os integrantes do departamento médico. O Rossi quer, basicamente, fazer um trabalho preventivo, investir na prevenção para evitar lesões durante o campeonato”, explica Fábio Lopes.


Quando entrar em funcionamento, o departamento de fisioterapia vai ter um peso maior nas decisões no clube e até mesmo vetar assinatura de contratos. “Vamos ter de fazer uma avaliação fisioterápica completa do jogador, ver o histórico de lesões. Se a gente avaliar e achar que o jogador não deve ser contratado ele (treinador) vai barrar. As avaliações seriam feitas por mim e pelo André, em conjunto com o médico e o preparador físico”

Fábio Lopes disse que um jogador da A-3 deste ano não passaria por essa avaliação - com cirurgias nos dois joelhos, o atleta tinha dificuldade para movimentar a perna. “Em 2009 teve jogador que nem estreou. Foi contratado, ficou tratando por dois meses e acabou indo embora”, recorda-se, garantindo que 2010 foi um ano melhor para o clube do que 2009 em termos de lesões.

Experiência - Sobre o fim do massagista, o fisioterapeuta diz que esse método já existe em outros clubes médios e grandes. “O Carlos Rossi tem experiência de trabalho nesse sentido com resultados muito bons em termos de prevenção para evitar lesões.


O elenco do XV se reapresenta no dia 15 de junho, quando o time começa a se preparar para a Copa Paulista. Nesse dia, o treinador vai passar aos fisioterapeutas mais detalhes do método que pretende adotar no XV de Jaú. O cronograma de trabalho já está sendo feito pelo treinador e será mostrado à toda a comissão técnica. “O que o Rossi está pensando tem fundamento. Ele quer um Departamento Médico bem estruturado.”

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