Gerente do Bariri se afasta “para não prejudicar jogadores”

Paulo Brumatti, contra oJabaquara


O responsável pela montagem do time do CAL Bariri que disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão negou ontem que tenha abandonado o clube. Evandro Pilôni, gerente de futebol até domingo, explicou que está afastado e que tomou a decisão para não prejudicar os jogadores, uma vez que a diretoria do clube teria oferecido vantagens melhores.
“Estou afastado por decisão minha. Eles prometeram que colocariam recursos, por isso dei esse passo atrás em 2009”, falou Pilôni, lembrando que o contrato é de três anos de sua empresa (Faith Sports) com o CAL Bariri. Ele admitiu que ficou sem dinheiro e que, por isso, precisaria da retaguarda do clube, o que não houve. “Me afastei provisoriamente.”
O empresário disse que injetou cerca de R$ 85 mil no clube desde março. “Eu não abandonei nada. Só não me coloquei entre os recursos entre o clube e os jogadores. Eles falaram que tinha recursos, mas não têm”, diz Pilôni, citando que a promessa de pagar em dia o salário e antecipar um mês o próximo não foi cumprida.
Na terça-feira, o vice-presidente do CAL, Sandro Garavelli, informou que fez acordo com os atletas e que parte do salário vencido no dia 20 de julho será paga hoje. A outra parte foi prometida para o dia 10 de agosto. O dirigente explicou que o CAL Bariri está em busca de novos parceiros, depois que ficou sem o apoio dos três empresários conseguidos no início do ano. Ontem, o Comércio não conseguiu falar com Garavelli.
Argumento
Para Pilôni, o argumento de que ele teria de sair para que a diretoria do CAL Bariri colocasse dinheiro no clube “é um absurdo” e que o time teria melhor sorte se todos somassem os esforços. Mesmo afastado, ele garante que está em busca de parceiros para ajudar o CAL Bariri.
“Acredito nesse time. Sei que o time tem condições de subir. Só não pode ser atrapalhado”, comenta Evandro Pilôni. Na opinião dele, o empate em casa, domingo, por 2 a 2 com o Jacareí, “foi uma fatalidade” e que a equipe só não chegou a fazer 3 a 0 porque um pênalti não foi assinalado pela arbitragem. Depois, o CAL sofreu dois gols e perdeu a chance da vitória.
Na quarta-feira, a equipe baririense jogou em Santos e venceu o Jabaquara, de virada, por 2 a 1. Mesmo viajando de micro-ônibus por mais de oito horas e chegando ao estádio 45 minutos antes do apito inicial. As condições oferecidas aos atletas pelos dirigentes do clube foram criticadas por Evandro Pilôni.
Em relação ao goleiro Paulo Cruz, que sofreu uma pancada na cabeça e foi hospitalizado durante o jogo, o ex-gerente de futebol diz que o atleta está bem. Ele só não sabe se o goleiro vai jogar no domingo em Araçatuba, contra o Atlético (10h), pela terceira rodada da segunda fase – os dois times lideram o grupo 11.