sábado, 11 de julho de 2009
Varzeano: Laranja diz que recurso foi engavetado
O presidente do Laranja, Bidão, mostra documentos que embasariam as denúncias, como a súmula com 25 atletas relacionados e o regulamento
A diretoria do Laranja Mecânica considerou “descaso total” da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação de Jaú o tratamento dado ao Campeonato Jauense de Futebol da Primeira Divisão (ex-varzeano). A competição foi paralisada antes das semifinais, no início de junho, e até agora não tem uma definição.
O presidente do Laranja, José Plácido, o Bidão, disse que o recurso feito em segunda instância está parado e que não passou de um “engodo” a promessa de que seria levado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Futebol (FPF).
“Até hoje nunca foi para o TJD. Nunca deu entrada no tribunal. E nem poderia, uma vez que a Secretaria de Esportes não é filiada à Federação”, comenta Bidão, esclarecendo o assunto. Segundo ele, a informação do secretário de Esportes de Jaú, João Brandão do Amaral, de que o recurso seria levado ao TJD não tem fundamento.
“O julgamento de segunda instância teria de ser realizado na Liga Jauense de Futebol. Depois, o caminho é a Justiça comum”, fala Bidão. O Laranja Mecânica fez três denúncias ainda no fim da primeira fase. “Não temos como fazer mais nada. A secretaria não encaminhou nosso recurso”, comenta o diretor financeiro do Laranja, Rui Malagoli.
Ontem, foi ponto facultativo na Prefeitura e ninguém da Secretaria de Esportes foi encontrado para justificar o motivo de o recurso não ter sido levado adiante. Em pesquisa feita pelo Comércio no site da Federação Paulista de Futebol nada consta sobre o tal recurso envolvendo o Laranja e o Zâmbia.
“Fizemos uma carta ao prefeito (Osvaldo Franceschi Junior) pedindo uma decisão sobre o campeonato que está parado, mas não tivemos resposta”, lamenda Bidão. Na opinião dele e de Malagoli, mesmo que as três irregularidades apontadas sejam levadas em consideração, o Zâmbia seja eliminado e o Laranja passe a ser um dos semifinalistas, seria difícil dar continuidade ao campeonato (fase semifinal). “As equipes já se desfizeram”, diz o diretor financeiro do Laranja, garantindo ser possível remontar sua equipe para a disputa.
Clube apresenta três denúncias e provas
Segundo o Laranja, o Zâmbia (um dos semifinalistas do varzeano de Jaú) teria utilizado um jogador profissional (Edmilson Rodrigo Pereira, registrado pelo XV de Jaú na FPF), inscreveu 25 jogadores no campeonato quando o regulamento prevê o máximo de 23 e ainda teve diretor e atletas agredindo um árbitro, fato que resultaria na perda de cinco pontos, eliminando-o da disputa na semifinal.
Apesar de, supostamente, ter apresentado provas contundentes e apresentar a infração ao regulamento, o Laranja Mecânica teve seu recurso negado na Comissão Disciplinar Desportiva da Secretaria de Esportes. No dia 26 de abril, o Mocidade e o Zâmbia jogavam quando, aos 11 minutos, o árbitro Assis Reginaldo Firmino interrompeu o jogo após ter sido agredido fisicamente por atletas do Zâmbia (soco no maxilar e voadora nas costas) e xingado por um diretor do Zâmbia.
Bidão diz que até a análise da súmula foi feita ilegalmente: teria ocorrido às 9h do dia 27, quando o árbitro agredido na partida Mocidade 2 x 0 Zâmbia só fez o relatório às 10h30, entregando-o na Liga Jauense, que, por sua vez, repassou à Secretaria de Esportes no período da tarde. Outro equívoco da Secretaria de Esportes foi admitir a culpa dos atletas, suspendendo-os dos campeonatos, mas não punindo o Zâmbia com a perda dos pontos.
“Se fosse aplicado o artigo 28 das disposições técnicas, que fala de agressões físicas à arbitragem, não precisaria nem ter julgamento. O Zâmbia perderia os pontos (cinco) e ficaria fora das finais”, garante Bidão. Outra saída alternativa possível seria “marcar outro jogo para completar o tempo restante”, mas isso não foi feito. Um acordo entre os clubes envolvidos, e aceito pela Secretaria de Esportes, deu por encerrada a partida. Zâmbia, Frutas Boca Rica, São Crispim e Santa Helena foram considerados semifinalistas. Depois, disputaram o torneio Quadrangular Cidade de Jaú, criado às pressas, com o Boca Rica conquistando o título.
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