quinta-feira, 23 de julho de 2009

XV faz orçamentos para tentar resolver questão dos hidrantes




A diretoria do XV de Jaú informou ontem que está atuando em várias frentes para tentar suspender a interdição do Estádio Zezinho Magalhães. Uma delas é obter orçamentos em busca do melhor preço para instalar os hidrantes necessá-rios para conseguir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que atestaria a segurança do Jauzão.


O presidente do XV, José Antonio Construtor e Oliveira, disse que já tem orçamentos em mãos, mas que ainda não está satisfeito pelo preço pedido pelas empresas – em torno de R$ 28 mil. “Vamos fazer mais orçamentos. Vamos resolver”, falou o dirigente.


Construtor pretende voltar a conversar com o comando do Corpo de Bombeiros de Jaú e com o promotor de Justiça de Cidadania de Jaú, Celso Élio Vannuzini, com quem o XV se comprometeu a instalar os hidrantes até o dia 28 de abril. O clube não cumpriu o Compromisso de Ajustamento de Conduta no prazo e o promotor notificou a Federação Paulista de Futebol (FPF) do descumprimento.


A interdição se deu na segunda-feira, por meio da resolução assinada pelo presidente da FPF, Marco Pólo Del Nero. Ele mesmo, no início da noite, teria feito o comunicado à presidência do XV sobre o fato. Com a interdição, o XV não poderá mandar seus jogos com os portões abertos. A proibição vale até mesmo para o Campeo-nato Paulista Sub-20, que começa no dia 1º de agosto.


O presidente do XV disse que se comprometeu a levar o AVCB ao promotor no fim do prazo, mas não conseguiu fazer as adequações necessárias para conseguir o alvará dos bombeiros. “Fizemos outras coisas, como os muros, o peitoril nas arquibancadas, a instalação de grades. Os hidrantes ainda não.”“Tem um monte de estádios por aí que não têm hidrante, o do Rio Claro, do XV de Piracicaba... Aqui em Jaú estão pedindo. Se fosse uns dois, seria mais fácil”, diz o presidente





Exigência está em decreto





A exigência de equipamentos de segurança para o público e de combate a incêndio é estadual e integra série de normas publicada em decreto. O Núcleo de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros de Jaú informa que toda ocupação acima de 750 metros quadrados está enquadrada nas normas e precisa ter hidrantes.


O XV fez o projeto e, com base em normas técnicas, chegou-se ao número de seis hidrantes, levando-se em conta a área do Estádio Zezinho Magalhães utilizada pelo público. O projeto passa por análise do Corpo de Bombeiros e precisa ser executado. Com as adequações feitas, a vistoria é realizada e, se estiver em ordem, é emitido o AVCB (alvará).


Interdição começou antes da A-3

O XV tenta solucionar a falta de segurança no estádio há vá-rios anos. O ex-presidente Irineu Stripari já chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, mas não cumpriu as exigências.
O novo presidente, José Construtor, fez o mesmo no fim de janeiro, com prazo de 90 dias para adequar o estádio às normas de combate a incêndio – as únicas pendências. Com isso, ganhou um prazo e evitou que o XV de Jaú tivesse de mandar seus jogos fora do Jauzão na última Série A-3.
Na época, o estádio já estava interditado pela FPF. A liberação só foi possível graças ao compromisso assumido de Construtor com o promotor Celso Élio Vannuzini. O tempo passou – quase seis meses – e os hidrantes não foram instalados. O descumprimento do acordo, então, foi comunicado à FPF pelo promotor. A Federação, por sua vez, apenas retomou o estágio anterior, o da interdição em vigor desde janeiro.
Vannuzini ajuizou ação de execução em relação ao XV por descumprir o acordo feito em janeiro. O prazo que consta na ação para que o estádio seja regularizado para oferecer segurança ao torcedor é de 30 dias, a contar de 13 de julho. Se o XV não instalar os hidrantes estará sujeito a multa.
A resolução 068/2009, da FPF, diz o seguinte: “Marco Pólo Del Nero, presidente da Federação, resolve interditar o Estádio Zezinho Magalhães, da cidade de Jaú, para jogos com presença de público, conforme relatório enviado, nesta data, pelo Departamento de Segurança e Prevenção de Violência ao Departamento Técnico da Federação Paulista de Futebol, em decorrência do descumprimento do Estatuto do Torcedor, até a entrega do laudo AVCB”.

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