O presidente do Laranja Mecânica, José Plácido, o Bidão, está inconformado com a decisão da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação de Jaú de declarar o Frutas Boca Rica como campeão no Campeonato Jauense de Futebol da Primeira Divisão (ex-varzeano). Para ele, enquanto o recurso de seu clube não for julgado, a competição teria de continuar em aberto.
O anúncio de que o Boca Rica ficou com o título, sem a realização das semifinais, foi feito na semana passada pelo coordenador de campeonatos da Secretaria de Esportes, Guilherme Ferrucci Verdinelli.
Segundo ele, o Laranja se recusou a pagar os R$ 250 do recurso a ser encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o prazo se expirou e os clubes semifinalistas alegaram não ter mais condições de disputar as semifinais. Em comum acordo, clubes e Secretaria de Esportes decidiram oficializar o Troféu Cidade de Jaú como a fase decisiva do Varzeano.
Bidão disse que ainda não desistiu de ver seu recurso julgado por um órgão isento e pede que os documentos sejam encaminhados à Liga Jauense de Futebol, cuja Comissão Disciplinar Desportiva seria a segunda instância – seu recurso acusando irregularidades no time do Zâmbia, um dos semifinalistas, foi julgado improcedente pelos auditores da Secretaria de Esportes de Jaú.
Para ele, a Secretaria de Esportes “não poderia arquivar um recurso que não foi julgado”. Bidão também questiona a cobrança para que o recurso fosse encaminhado ao TJD. Ele afirma que o secretário de Esportes de Jaú, João Brandão do Amaral, teria prometido enviar o recurso à Liga Jauense ou, caso de mandar para o TJD, pagar o valor do recurso.
Bidão reconhece que se negou a pagar os R$ 250: “Neguei mesmo. O erro foi da Secretaria de Esportes, então ela que pague”. Para o presidente do Laranja, o argumento de perda de prazo não tem fundamento e diz que foi culpa da própria Secretaria de Esportes “engavetar” o recurso.
Liga pode julgar recurso
O secretário da Liga Jauense de Futebol, Rodrigo Paulino, disse que a entidade está à disposição para fazer o julgamento. Ele explica que, se o julgamento fosse incluído em um dia de trabalho dos advogados da Comissão Disciplinar, a Secretaria de Esportes não precisaria pagar nada. “Somos automaticamente a segunda instância da Secretaria de Esportes”, diz ele, garantindo que a Liga nunca foi consultada se poderia ou não julgar o recurso do Laranja Mecânica.
O coordenador de campeo-natos da Secretaria de Esportes, Guilherme Verdinelli, disse que as decisões tomadas foram com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Eventuais recursos, diz ele, precisam ser remetidos ao TJD, com os custos pagos pelo clube recorrente.
Para Verdinelli, se o Laranja Mecânica pretende recorrer à Justiça comum para tentar reverter a decisão tomada de dar o título ao Boca Rica, deve fazer isso mesmo e pleitear o mandato de segurança. “Se acham que têm esse direito, porque não vão atrás?”
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
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