O levantamento prévio das dívidas trabalhistas, débitos fiscais e ações cíveis contra o XV de Jaú está praticamente finalizado. Os números deverão ser levados ao conhecimento público no mês que vem, quando o presidente do clube, José Antonio Construtor de Oliveira, deverá convocar uma entrevista coletiva para informar qual o valor da dívida com base em documentos oficiais.
Um dos membros do Conselho Fiscal do XV eleito em 2009, Ary Milton Campanhã, disse que o trabalho foi feito desde a posse da atual administração, em 15 de novembro de 2008. “Nós temos um levantamento minucioso das dívidas com ações trabalhistas, débitos ficais e ações cíveis. Fomos colhendo dados nos autos dos processos”, explica.
Campanhã explica que se trata de um levantamento prévio, por isso preferiu não revelar o valor já apurado, uma vez que tem variáveis envolvendo atualização de valores ao longo dos anos. “Podemos errar se falarmos que a dívida é de 3, 4 ou 5 milhões de reais.”
Além de Campanhã, o Conselho Fiscal é formado por Luiz Roberto Oliveira Parise, José Ernesto de Pieri Benedito, Aparecido Antonio dos Santos, Milton Palomo Mello e Valdemir Aparecido Sanchez. Todos, titulares e suplentes, estão envolvidos na apuração da dívida total do clube. Advogados também ajudam o Conselho Fiscal.
Ary Campanhã disse que a divulgação dos números em outubro vai ter toda a transparência, mas com a diretoria pretende apresentar soluções para a dívida milionária. Boa parte dela com órgãos oficiais por causa de recolhimentos que não foram feitos com FGTS e INSS.
A “solução” pretendida pelo XV, segundo o conselheiro fiscal, vai depender dos credores e da própria sociedade. “A sociedade precisa acreditar que tem gente séria pensando na gestão administrativa do XV”, diz ele, sem questionar a idoneidade dos antecessores, que teriam pensado apenas no futebol e em colocar a equipe em campo.
Bola de neve
O presidente do XV, José Construtor, garante que desde novembro de 2008, quando tomou posse, até agora, todos os débitos estão sendo pagos, os encargos foram recolhidos e renegociações foram feitas para quitar a conta de água, que por muito tempo deixou de ser paga pelos diretores anteriores.
A respeito das dívidas federais, o XV pretende fazer um parcelamento para quitar em alguns anos, aderindo aos programas propostos pelo governo. “O XV começou a perder seu patrimônio a partir de 1994”, diz o presidente, citando o ano em que as dívidas começaram a ficar fora de controle.
Construtor diz que o clube já perdeu o terreno onde está o centro de treinamento – são dezenas de ações que culminaram com a penhora de frações da área de cerca de 18 mil metros quadrados. “Se a gente não fizer um parcelamento das dívidas, vamos perder o campo em poucos anos”, lamenta o dirigente.
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