Foi do corredor comum a festa esportiva da 1ª Corrida do Amaral, realizada em Jaú no domingo, com percurso de seis quilômetros. Números da organização apontam 264 participantes e vitória de atletas de Bauru tanto no masculino como no feminino. Só 218 completaram o percurso. Os principais atletas de Jaú, que fazem parte da equipe oficial da cidade, não participaram.
Melhor para Oziel Pereira da Silva, o Índio, de Bauru, que venceu a prova em 20min52. Em segundo lugar ficou Luis Carlos Ignácio, de Dois Córregos. No feminino, a vencedora foi a também bauruense Neoci Pedroso Antonio, com 26min28.
O professor Luiz Carlos Rigobello, da organização, disse que o “tempo foi um pouco alto” por causa do percurso que “teve quatro subidas” e isso “muda o ritmo de quem está correndo”. O tempo normal para uma prova de seis quilômetros seria o vencedor concluir a distância em no máximo 18 minutos.
“Corredor de ponta mesmo não teve. O ganhador, o Índio, de Bauru, é um bom atleta, mas não costuma vencer corridas maiores”, analisou Rigo. Para ele e para Roberto Sangerotti, o Betão, também organizador, o importante foi a presença de um grande número de participantes e ainda a oportunidade para que mais pessoas iniciem a prática do esporte.
“O que marcou essa prova foi o calor humano”, diz Betão, reafirmando que o importante é buscar saúde com a prática do pedestrianismo e, quando participar de prova de rua, ser um “concluinte”, ou seja, finalizar o percurso, não importando o tempo que se demore para isso.
Betão agradece o superintendente da Fundação Amaral Carvalho, Antonio Cesarino de Moraes Navarro, pelo apoio ao esporte. O diretor do hospital esteve no local da prova, no Jardim de Baixo, e participou da cerimônia de premiação – os três melhores do geral masculino e feminino receberam troféus e um kit de alimentos Montervérgine. Também foram premiados os melhores de cada categoria.
Prova na região está em estudo
A Corrida do Amaral pode virar um circuito regional, conforme noticiado pelo Comércio na edição de domingo. Mas ainda não há um programa para isso, uma vez que a expansão da prova para além de Jaú depende de análises. A informação foi dada ontem pelo supervisor técnico do Esporte Clube Amaral Carvalho, Fernando Tobgyal. Segundo ele, já está se pensando no assunto. Ele diz que recebeu convites de cidades vizinhas para levar uma edição da corrida para lá, mas, para isso, é preciso analisar o calendário.
“De todo modo, a Corrida do Amaral já faz parte do calendário, no mês de outubro, com a prova em Jaú”, diz Tobgyal. Até mesmo uma versão infantil, para atletas com menos de 16 anos de idade, está sendo analisada.
A expectativa dele é atrair corredores de ponta, mas para isso a Corrida do Amaral precisa virar prova oficial da Federação Paulista de Atletismo. “Talvez na próxima edição em Jaú possa ter premiação em dinheiro, mas depende de patrocinadores. Desta vez os apoios foram pequenos, tímidos.”
Até ontem à tarde o Ecac ainda não havia feito o levantamento dos recursos obtidos e repassados ao hospital. Mas Tobgyal prevê um saldo, mesmo que pequeno. Das 400 camisetas confeccionadas, a organização ganhou 70. Teve de comprar ainda troféus, água e pagar a organização. Só mesmo os produtos Montevérgine distribuídos aos atletas foram gratuitos. As camisetas que sobraram estão sendo vendidas no Ecac por R$ 8.
“O importante foi fazer alguma coisa acontecer. Foi um investimento institucional, envolvendo a comunidade, a interação com o público e semear a vontade na população de ter uma qualidade de vida com a atividade física”, diz Fernando Tobgyal. “Muita gente se divertiu bastante.”
“Ficou faltando, para ficar perfeita, a classificação com a listagem de todos. Teve uma falha no sistema de informação, com alguns resultados trocados. Mas nada que não se resolva. Tirando esse detalhe, o resto foi maravilhoso, atingiu o propósito e o pessoal curtiu muito”, diz Tobgyal, também do setor de comunicação do Hospital Amaral Carvalho.
“Tivemos alguns problemas com o software. Apesar de estarmos com todas as informações referentes aos tempos dos atletas, o sistema não emitiu os relatórios com a devida apuração”, comentou Antonio Aparecido Custodio, técnico de informática que fez a apuração.
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