quinta-feira, 27 de agosto de 2009

DeBate_Bola - nº 120 - Idas e vindas do esporte

Tem sido rotina na Secretaria de Esportes de Jaú decisões tomadas pela chefia serem abandonadas pelo caminho. São vários episódios que mostram falta de um projeto para o esporte da cidade. Houve campeonato que não acabou, recurso que vai ou não vai para o TJD, ônibus cancelado e ônibus cedido para a base do XV, corte do auxílio-atleta para logo depois serem devolvidos os minguados economizados.
A mais nova foi a possibilidade de cancelar o acordo feito com o clube Olé Brasil para coordenar a escolinha de futebol da Prefeitura. Surgiram vozes contrárias, incluindo de vereadores e de gente interessada em não ver o projeto adiante, que o secretário João Brandão admitiu cancelar o acordo.
Isso no começo da semana. Ontem, notava-se que a tendência é pela manutenção do acordo. Houve nova avaliação do projeto do Olé Social e constatou-se que seria benéfico para a Prefeitura ter um clube forte investindo na criação de escolinhas da cidade. De graça para a garotada.
O argumento dos contrários é que isso prejudica o XV de Jaú. A torcida do Galo vai nessa linha.
No XV, no entanto, o pessoal nem está se lixando para isso. Nota-se que entidades que recebem dinheiro público não aprovaram o acordo com o Olé Social. Seria medo de perder público e, por conseguinte, convênios de milhare$ de reai$ por mês? O contrato é por um ano. Acho que vale a pena experimentar. Olé!

Sem escolinha
O XV de Jaú nem escolinha de futebol tem mais. Cerca de 200 crianças estão à procura de novo local para treinar. O clube foi acionado pelo Conselho Regional de Educação Física (Cref) por ter professor sem a devida formação. Para não entrar numa batalha jurídica, a presidência decidiu fechar as portas.


À espera da Oscip
O presidente do XV de Jaú, José Construtor, está na espera que a Oscip Galinho Cidadão seja efetivamente regularizada para que possa assumir a escolinha e as divisões de base do clube. Até lá, a promessa é dar uma reformada no campo do centro de treinamento. Assim, evita-se mais despesas até o fim do ano.

Escanteio
O time Olé Brasil, que deve coordenar escolinhas de futebol em Jaú, é da Leão Leão. A empreiteira de Ribeirão Preto ficou conhecida em 2005, ano em que vieram à tona denúncias do “mensalão”. O ex-prefeito de Ribeirão Antônio Palocci teria viabilizado superfaturamento em licitações vencidas pela Leão Leão. O processo foi arquivado em junho deste ano. Só um lembrete.

Menos hidrantes
A interdição do Jauzão permanece sábado, quando o Galinho joga em casa contra o São Carlos. Duas frentes tentam resolver a questão dos hidrantes. O clube espera que os bombeiros aprovem novo projeto, reduzindo a exigência de seis para dois ou três. Isso pode durar dois meses ou mais.

Hidrantes públicos
Em outra frente para desinterditar o estádio atua o secretário de Esportes de Jaú, João Brandão. Ele tenta obter a doação dos hidrantes com a iniciativa privada. Feito isso, promete colocar pessoal da Prefeitura para trabalhar na instalação. Até a Série A-3 de 2010 tem tempo.

Auxílio de volta
Os jauenses beneficiados pelo auxílio-atleta levaram uma “tungada” neste mês. Receberam 30% a menos do que têm direito, por decisão da Prefeitura. Ontem, para apaziguar os ânimos, o secretário João Brandão assinou documentação para liberar o que faltou nos próximos dias. Se tem dinheiro hoje, por que não tinha na semana passada?

Bolsa retroativa
A bolsa de estudos que será incorporada à lei do auxílio-atleta precisa ser bem pensada. Ela vai valer já neste ano? Atleta que já concluiu os estudos tem direito retroativo? É bom pensar direito para não cometer injustiças. Bolsa de estudo, como o próprio nome diz, é para estudante.

Raposa
A Secretaria de Esportes de Jaú precisa ficar atenta a quem contrata para cuidar de suas escolinhas esportivas. Não se pode colocar raposa para tomar conta do galinheiro. Há muito investimento público nos garotos para “empresários” fazerem a festa.

Tênis Clube
Chegou à coluna recentemente queixa de cidadão com relação a praças esportivas de Jaú. Diz ele que alguns locais viraram “particulares” por conta de concessões legais ou verbais. Ele cita especificamente o Tênis Clube de Jaú. Quer saber por que o local não é aberto ao público em qualquer horário.

Dono do pedaço
Na Secretaria de Esportes a informação é que o local foi cedido a tenistas. De forma informal, sem “o preto no branco”. Segundo consta,sócios pagam mensalidades para utilizar as quadras. A Prefeitura, quando precisa, solicita e as utiliza. E os outros? Foi prometido pela Secretaria de Esportes levantamento de outras áreas. Ficou pronto?


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FOTOSPORT




A semifinal da Musa do Brasileirão está definida. A última classificada foi Siara Beatriz, musa do Corinthians, que passou pelas representantes de Grêmio, Fluminense, Vitória e Avaí. A decisão será sábado no programa Caldeirão do Huck, Concorrem com ela as musas de Sport (Wanessa Matos, foto), Goiás e Santos. Vote no www.globoesporte.com


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REPERCUTE

“Sempre que estoura essas bombas, o senhor João Brandão vai até a mídia se explicar, tentando retomar a situação que o próprio causou. Antes foi o ônibus (da base do XV), agora a parceria da Olé Brasil. Por que em vez de tentar retomar as coisas não faz a coisa certa e divulgue as ações tomadas para ajudar o XV? Falta Transparência!”
(Murilo Palomares, 18 anos, sobre a possibilidade de o secretário de Esportes voltar atrás no acordo com o clube de Ribeirão Preto, na comunidade XV de Jaú no Orkut)



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MEU TIME DO PEITO


Manassés dos Santos, 22 anos, montador, mostra com orgulho camisa do Palmeiras, que completou 95 anos ontem, dia do “tsunami verde”



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"Eram quatro armados, e um parecia ser o chefe, mais senhor. Não tenho nenhuma dúvida de que a intenção fosse essa. Estavam com as armas na cintura"

(René Simões, ex-técnico da Portuguesa, ao comentar intimidação feita por supostos conselheiros no vestiário, após derrota para o Vila Nova na terça-feira)



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